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Puberdade - Alterações físicas
Puberdade - Alterações físicas
Generalidades
O "relógio biológico" que desencadeia a puberdade activa-se de forma espontânea e inicia um complexo mecanismo neuro-hormonal em que participa o hipo tálamo, a hipófise e várias glândulas endócrinas produtoras de hormonas. Entre estas substâncias, as mais importantes são as hormonas sexuais, que elaboram as gónadas e dão lugar ao desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, bem como a hormona de crescimento, que favorece o aumento da altura e do peso.
O início do funcionamento deste mecanismo neuro-hormonal, que ocorre entre os 9 e os 13 anos de idade, provoca manifestas alterações físicas e funcionais que, no decorrer de alguns anos, irão transformar as meninas e os meninos em jovens adultos capazes de se reproduzirem e dar-lhes o aspecto correspondente ao seu género. Estas alterações físicas e funcionais afectam todo o organismo, apesar de se evidenciarem de forma mais marcada nas estruturas em que actuam as hormonas que despertam a puberdade: por um lado, nos seios, no aparelho locomotor, na pele e no tecido subcutâneo; por outro, nos órgãos genitais, que crescem e amadurecem, enquanto se preparam para o início da etapa reprodutora.
Modificações esqueléticas
Uma das consequências mais importantes do aumento nos níveis da hormona de crescimento produzida pela hipófise consiste numa típica aceleração do desenvolvimento esquelético, com um aumento no comprimento dos ossos e, portanto, da altura. Isto é possível porque na época anterior à puberdade, as cartilagens de crescimento presentes nas extremidades dos ossos longos ainda não estão ossificadas e, por isso, as peças ósseas podem continuar a aumentar de comprimento. Por outro lado, depois de concluída a puberdade, as cartilagens de crescimento das extremidades ósseas já estão praticamente ossificadas, o que irá determinar a estatura final do indivíduo.
Enquanto que, durante a infância, o crescimento do corpo não supera em média os 4 cm/ano, uma vez iniciada a puberdade, o ritmo de crescimento passa por uma aceleração e há, inclusivamente, um período em que pode chegar a duplicar, dando lugar ao que se conhece como "salto pubertário". Entre as raparigas, este salto acontece normalmente entre os 9 e os 11 anos e o período de crescimento máximo dura de um a dois anos, estando concluído por volta dos 15-16 anos, em sintonia com a regularização do ciclo menstrual. Nos rapazes, por outro lado, começa por volta dos 12 anos, mas dura mais tempo e acaba igualmente depois, por volta dos 17-18 anos. Esta diferença quanto ao momento de início e duração do "salto" tem uma consequência que se constata facilmente: habitualmente, as raparigas são mais altas do que os rapazes no início da puberdade, enquanto que, passados uns anos, esta tendência inverte-se.
Para além de condicionar o "salto pubertário", a hormona de crescimento e as hormonas sexuais desempenham um papel chave no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários visíveis no aparelho locomotor. Assim, enquanto que nas raparigas se observa um aumento do perímetro das ancas, nos rapazes, dá-se um alargamento dos ombros e um aumento da massa muscular.
André Fonseca nº4 - 9B